Sunday, July 02, 2006

NivER dO DIiogO

Pela primeira vez eu pude o comemorar não comemorando. Foi lindo. Uma sensação de liberdade indescritível.

Não sei se alguém tem uma família como a minha que gosta de fazer estardalhaço com tudo. Quem tem sabe que quando eles não fazem estardalhaço é uma benção. Não ter um evento amplificado em 10x é o melhor presente de aniversário. Teve anos em que eu achava que ia ser assim também, mas fui surpreendido por uma festa surpresa, então dessa vez eu tentei me preparar emocionalmente, enxerguei certas conspirações onde não havia. A paranóia de ter ou não uma festa surpresa só acaba quando seu aniversário passa, é uma agonia mortal.

Eu acredito que ser presidente, chefe de estado de uma nação é como fazer aniversário todos os dias. Estão sempre te reverenciando e quando não estão, vc começa a desconfiar de que estão tramando alguma coisa. A tensão de ser presidente é semelhante a tensão de desconfiar 24 horas por dias, 365 dias por ano de que alguém em algum lugar pode de repente estar ligando para seus amigos para combinar uma festa surpresa.

Entra entao em seu gabinete escuro o estadista, esperando que quando ele vá acender as luses nada aconteça.

Eu não vou me alongar, mas só hoje eu pensei numas 15 semelhanças entre o aniversariante e o chefe de estado.

Também pensei numa fórmula economica para maximizar as a receita das cervejadas promovidas pelo centro acadêmico. Por eu estudar economia, isso é inevitável. A fórmula é a seguinte:

O preço corrente de uma cervejada é 10 reais por pessoa, open bar de cerveja. Ou então a fórmula de vender cada cerveja a um preço fixo, sem entrada.

A minha idéia é usar Tarifas Compartilhadas. Primeiro respondemos essas perguntas que nos caracterizarão a demanda (no caso universitários de classe média) :

1) qual o máximo que alguém, dentre toda a demanda, pagaria por uma cerveja, mesmo que seja só uma pessoa? (supomos, 4 reais)
2) que preço de cerveja todos aceitariam pagar, sem excessão (supomos 1 real)
3) quanto custa cada cerveja que os organizadores compram? (supomos 0,89 centavos -> itaipava)

Respondidas estas perguntas, temos as ferramentas para maximizamros a receita da cervejada.

Entra aí a pura teoria econômica.. A idéia por trás da fórmula, é capturar o excedente do consumidor, para isso temos de fazer com que quem possa pagar mais, pague mais, e quem possa pagar menos, pague menos, de forma que todos consumam e gastem o máximo que puderem, de acorod ocm seus preços de reserva.

dadas as suposições, Devemos cobrar uma entrada de 4 (com uma cerveja grátis ou não, dependendo se o publico ja tiver ido em outras festas e tiver sem dinheiro) reais e vendermos a cerveja a 1 real lá dentro e maximizaremos a receita. Isto é ganharemos mais dinheiro do que no caso de vender cada cerveja a um preço e de cobrar 10 reais por pessoa, open bar. A razão é muito simples: ao cobrarmos os dez reais de entrada, parte da demanda não irá na cervejada, se cobrarmos 2,00 por cerveja, parte da demanda comprará menos lastinhas q o normal.

Usando as tarifas compartilhadas eh a unica forma de fazermos os que já iriam na cervejada, gastarem mais que dez reais; cobrar a entrada daquela parte da demanda que gostaria de gastar menos que dez reais e também fazer aqueles que tomariam menos cervejas, consumir mais pagando a entrada.

A unico entrave seria o cálculo das despesas com caixas, fichas de cerveja que poderia tornar mais cara a organização da cervejada, diminuindo o lucro. Mas se as despesas forem minimizadas, o lucro poderá ser o maior possível.

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