Cair de um abismo eternamente? Ser assaltado por ladrões?
Não é nada ter pesadelos como esses. Eu não os acho marcantes, eu nunca senti medo deles.
Vou dizer o que é pesadelo de verdade quando contar esse último que tive e que repetiu-se algumas vezes. Nele eu estou de frente a um caixa eletrônico e olho na tela um teclado virtual e a ordem para digitar minha senha. Digito, e logo vem a pergunta: "Qual sua frase preferida?" Respndo. Aí vem outra pergunta: "Qual suas duas letras preferidas?" Digito. "Qual sua comida preferida?" Digito. "Em que você está pensando AGORA?". Digito. A próxima tela: "O que é o que é, tem chapéu, mas não tem cabeça, tem boca mas não fala, tem asa mas não voa?". Penso... Digito: Bule. A tela agora mostra uma figura abstrata: "Você consegue reconhecer um cachorro neste figura?". Digito sim. "Porquê?". Ajoelho e começo a chorar. Grito em agonia: "eu só queria tirar 20 reais, eu só queria tirar 20 reais, Eu só queria tirar 20 reais!". O sonho se acaba.
Assustador, não? Essa frase me martelou a cabeça o dia inteiro.
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Sonhos tem muitos aspectos engraçados. Têm aquela velha suspeita de que a vida não existe e somos apenas atores coadjuvantes de um sonho do pipoqueiro em frente a nossa casa. Uma vez contei dessa suspeita a um colega. E ele disse que viver a realidade e esse sonho seria a mesma coisa já que o sonho nos pareceria real da mesma forma. Eu discordei na hora e contei de um sonho bastante comum em que eu começava a dar socos e pontapés em todos os amigos da escola, de forma que eles faziam uma fila indiana para apanhar de mim que nem aquela cena dos zumbis da casa de áries no Cavaleiros do Zodíaco. O meu ponto era exatamente esse: Aquela era minha forma de agir padrão nos sonhos, visto a constante ocorrência dessa mesma cena várias vezes. Se estivéssemos participando de algum sonho ele certamente perceberia uma mudança de comportamento de minha parte. Por isso faria toda a diferença, eu seria outra pessoa, certamente com um ar maior de libertador, de herói.
Sunday, July 02, 2006
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