As empresas de ônibus de são paulo não poderiam ter retirado seus ônibus de circulação. Não importa que haja risco de perder o patrimônio. O contrato administrativo é bem claro em sempre assegurar a continuidade dos serviços públicos. Se estava ocorrendo incêndios e destruição de ônibus, as empresas deveriam continuar a operar nas linhas e a administração pública deveria indenizar as empresas mais tarde, se houvesse perdas patrimoniais.O que não podia ter acontecido era a cidade ter ficado ainda mais caótica, num momento em que isso não poderia acontecer. Esse foi um dos maiores absurdos que presenciamos no dia de hoje.
Do mesmo jeito que as pessoas desconfiam do pânico desproporcional da chamada classe média. Eu desconfio desses iconoclastas que teimam em dizer que a população não deveria ter ficado tão assustada com o ataque sistemático às autoridades de segurança pública.
Vamos refletir e ver que nada é tão puro assim quanto parece.
Falam da culpa dos boatos na disseminação do medo. é um equívoco. Boataria é comum nesses casos. Colocar a culpa disso nos boatos é um absurdo. A partir do momento que vc não consegue chegar ao trabalho por causa de uma ineficiência das autoridades em garantir a sua chegada a ele, está aí um bom motivo para entrar em pânico.
Não me venham com classe média, com reacionarismo, conservadorismo, esses lugares-comuns usados para desqualificar a perplexidade de todos. Houve motivo para pânico sim. O motivo não foi a violência, mas a descontinuidade de serviços essenciais de transporte que prejudicaram não só as áreas dos ataques, mas toda a cidade.
Há outros equívocos, como o de dizer que crime organizado se combate com programas sociais e com educação. Mas isso é assunto para outro dia.
Sunday, July 02, 2006
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