Thursday, September 20, 2007

CPMF e EU.

A CPMF não tem nada a ver comigo. Nunca usarei camisetas contra impostos, disto tenho certeza. Aliás, ouso dizer que nunca usarei uma camiseta para levantar qualquer bandeira. Para isto existem as bandeiras.
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Bem, desculpem ir logo começando a falar de assuntos pesados, mas precisava desabafar. Já já mudo de assunto.

Uso as madrugadas para ler o que tenho que ler. Não as coisas da faculdade, porque isso eu faço de manhã, quando acordo, já que estudo a tarde e à noite (faço uma jornada de 10 horas). De madrugada eu leio aquilo que eu defini que teria que ler algum dia. Muito das coisas que faço são assim, tenho percebido. Simplesmente defini que teriam que ser feitas. É uma espécie de teimosia mais rara.

Então leio esses livros, uns mais leves, como esses clássicos da literatura, e uns mais pesados, como esses clássicos da filosofia etc. É meu momento só, não que seja o único, pois estou sempre andando por aí, só. Mas quando ando por aí estou só, mas com gente à minha volta. Gosto de ficar sozinho porque a mim sei que agüento, e que às vezes sou do meu agrado.

O problema de ler de madrugada, é que não se dorme bem depois, as palavras ficam passeando pelo cérebro durante o sono. E os raciocínios maquinando. Quando acordo, parece que fiquei o dia inteiro em conflito de idéias, num debate caloroso. Então fico deitado, acordado na cama, um tempo tentando descansar, olhando para o teto. Tento pensar em mulheres simpáticas, cumprimentando-me, sorrindo. Mulheres que conheço, e as que desejo rever um dia. Lembro das que magoei, das que me desculpei, das que não me perdoaram, das que, por ser jovem demais naquela época, acho que esqueci de beijar. Mas a vida continua, por isso elas sorriem. Aos poucos as idéias vão tomando outra forma. Quando levanto da cama, estou em equilíbrio, um tanto reflexivo, um tanto emocional.

Tentei já parar de ler de madrugada, pois isto me tirava algumas horas de sono, e me deixava agitado. Mas aí vi que não teria outra hora para ler o que teria que ler. Eu passo um tempo aprendendo coisas, como uma fuga, e eu também aprendo coisas para garantir que eu seja ouvido, que eu não fique só.

Nada dessas coisas funcionam.
Hoje tento, em vez de ler, escrever, e sei que também não irá funcionar. Amanhã é outro dia, e a vida continua. Acordarei do mesmo jeito, como quem emerge de um debate ideal.

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