Ultimamente, tenho testemunhado algumas discussões em que me dizem que eu deveria discutir menos e fazer mais. Que se eu critico os que fazem, eu deveria é tentar fazer no lugar deles, ou propor alguma alternativa.
Nobilíssima a crítica à minha crítica. Eu, do mesmo modo, desgosto de quem chia, mais ainda chiar e não fazer. É, porém, e infelizmente, uma retórica falha, pois não resguarda ao outro o direito de expressão, da simples, livre, e unidimensional expressão das idéias.
A discussão é o estágio intermediário do processo de pensar, que se materializa na ação.
Por isso, temos sempre de rebater as críticas dos que fazem e dos que não fazem, assim é a vida. Isto é um fato. Porque as ações são reflexos das idéias expressas e de outras ações, e as idéias expressas são reflexos das ações e de outras idéias. Nesse sentido, discutir, se se pensou previamente, também pode significar fazer. Eis que quem pensa, um dia deve agir, e quem age um dia, ou uma hora, deve pensar. Aqueles que só fazem, um dia perdem o senso crítico, e os que só pensam, a forma. No entanto, há a hora certa para cada coisa, e num momento da vida se privilegia uma em detrimento da outra, talvez por um período de formação intelectual, ou do outro lado, por um tempo de maturidade e poder.
Isto não é nada de genial.
Acordei assim.
Não escrevo sobre a greve na universidade nos últimos dias é apenas o que tenho feito bastante.
Sunday, May 27, 2007
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