É curioso como as coisas acontecem na vida.
Às vezes eu escrevo para concordarem comigo. Foi nisso que estava pensando quando coloquei esta primeira frase. Acho que ninguém seria de opinião oposta.
Curioso...Mas eu iria um pouco além, é estranho, extraterrestre. E na estranheza há um componente cíclico assustador.
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as provas me impedem de escrever mais.
Sunday, April 29, 2007
Thursday, April 26, 2007
linha de raciocínio
Fugiu-me a linha de raciocínio em que estava...
Mas deixe eu lembrar: Acho que estava em
“Você, que em pouco tempo ganhou meus pensamentos inquestionavelmente; provocou em mim a vontade de andar na calçada contente, cantando qualquer música que e estivesse gravada na cabeça; que deixou-me preocupado com o que você achasse de mim...”
“Você é a pessoa que eu fiquei imaginando encontrar hoje.”
E só agora eu entendo porque perdi e tenho perdido completamente minha linha de raciocínio.
Mas deixe eu lembrar: Acho que estava em
“Você, que em pouco tempo ganhou meus pensamentos inquestionavelmente; provocou em mim a vontade de andar na calçada contente, cantando qualquer música que e estivesse gravada na cabeça; que deixou-me preocupado com o que você achasse de mim...”
“Você é a pessoa que eu fiquei imaginando encontrar hoje.”
E só agora eu entendo porque perdi e tenho perdido completamente minha linha de raciocínio.
Monday, April 09, 2007
Pensamento Positivo.
A maior prova de que pensamento positivo não funciona, é que eu estou há anos mentalizando o bloqueio mental de todos os autores de livros de auto-ajuda, e isso não vem acontecendo, infelizmente. É uma pena, mas cada vez há mais surpresas, inovações, na produção internacional de um besteirol tão agradável.
Eu não tenho nada contra as pessoas procurarem métodos que as façam viver melhor, só digo que é sempre bom desconfiar de alguém que diz que você vai conseguir todo o sucesso que você quiser, e ainda ganha dinheiro dizendo isso. Não é pessimismo, eu até acho que não conseguir tudo o que você quiser faz parte da vida e é essencialmente bom para o caráter.
Um problema básico é esse: Não há BMWs suficientes para todo o mundo. Aí dizem assim: "mas nem todas as pessoas querem uma BMW, por isso é possível que todos tenham o que quiser, alguns ficam felizes, por exemplo, em ter apenas uma bicicleta". Ok... Mas toda essa teoria de que todo mundo, se tiver um estilo de vida tal vai ter sucesso, ignora o fato de que a razão pela qual as pessoas querem uma BMW reside fundamentalmente no fato de que nem todos que querem a terão de fato. Pronto, acabou. Há um vício lógico claro nessas explicações. O ser humano vive de suas limitações, é isso que o delimita e o dá uma certa identidade.
Outro exemplo, digamos que nós estejamos por esperar uma ligação sobre uma proposta de emprego, um emprego bom, desses com vale-refeição e futebol de fim de semana pago pela firma. Você está pensando nisso e recebe a ligação. Fruto do pensamento positivo, obviamente. Agora imagine a mesma situação, só que você recebe por telefone uma mensagem, como essas que recebo tão frequentemente, dizendo "caro cliente, você não está com a conta telefônica em dia, por favor efetue o pagamento ou sua linha será desligada amanhã". Será que isso teria a ver com o fato de que o seu pensamento positivo focado no emprego, não o aliena da obrigação de pagar a conta de telefone (ou talvez de mentalizar a solução), e portanto, seu sucesso estará diretamente ligado ao pagamento dela, que só poderá ser feito, por exemplo, por meio do seu salário que você nunca teria senão conseguindo aquele emprego?
Sei que não parece muito inteligível. Mas se é possível tomar como verdade que o pensamento positivo influencia positivamente no sucesso individual, eu pelo menos acho que como muitos, seria tentado a me policiar 24 horas por dia para tentar arrancar do meu cérebro o máximo de pensamentos positivos, de forma que eles dessem conta de todas as interdependências, e interrelaçõesda minha vida. Minha vida cotidiana, antes tão pacata, terá se transformado numa experiência infernal. Deixem-me quieto, oras.
Por isso não acredito em pensamento positivo. Acho que cada um deve pensar o que quiser, e como diriam alguns filosófos, a nossa consciência é a unica coisa que nós podemos escolher ter controle total. Então, se eu ando por aí pensando que posso ser atropelado, ou que posso ser demitido, assaltado, eu o faço com muito bom gosto, como exercício da minha liberdade. E se eu quiser pôr a culpa nos meus pensamentos, eu ponho, senão, digo que foi o governo, a sociedade, a conjuntura econômica internacional, ou a minha estrutura familiar na infância.
Entre muitas outras habilidades dos humanos, uma das mais valiosas talvez seja a capacidade de poder inventar quem é o responsável pelos acontecimentos, haja visto a crise aérea brasileira. Não é justo nós dizermos que sempre somos nós mesmos, seria uma maldade só, ainda que fôssemos nós mesmos ao final.
Eu não tenho nada contra as pessoas procurarem métodos que as façam viver melhor, só digo que é sempre bom desconfiar de alguém que diz que você vai conseguir todo o sucesso que você quiser, e ainda ganha dinheiro dizendo isso. Não é pessimismo, eu até acho que não conseguir tudo o que você quiser faz parte da vida e é essencialmente bom para o caráter.
Um problema básico é esse: Não há BMWs suficientes para todo o mundo. Aí dizem assim: "mas nem todas as pessoas querem uma BMW, por isso é possível que todos tenham o que quiser, alguns ficam felizes, por exemplo, em ter apenas uma bicicleta". Ok... Mas toda essa teoria de que todo mundo, se tiver um estilo de vida tal vai ter sucesso, ignora o fato de que a razão pela qual as pessoas querem uma BMW reside fundamentalmente no fato de que nem todos que querem a terão de fato. Pronto, acabou. Há um vício lógico claro nessas explicações. O ser humano vive de suas limitações, é isso que o delimita e o dá uma certa identidade.
Outro exemplo, digamos que nós estejamos por esperar uma ligação sobre uma proposta de emprego, um emprego bom, desses com vale-refeição e futebol de fim de semana pago pela firma. Você está pensando nisso e recebe a ligação. Fruto do pensamento positivo, obviamente. Agora imagine a mesma situação, só que você recebe por telefone uma mensagem, como essas que recebo tão frequentemente, dizendo "caro cliente, você não está com a conta telefônica em dia, por favor efetue o pagamento ou sua linha será desligada amanhã". Será que isso teria a ver com o fato de que o seu pensamento positivo focado no emprego, não o aliena da obrigação de pagar a conta de telefone (ou talvez de mentalizar a solução), e portanto, seu sucesso estará diretamente ligado ao pagamento dela, que só poderá ser feito, por exemplo, por meio do seu salário que você nunca teria senão conseguindo aquele emprego?
Sei que não parece muito inteligível. Mas se é possível tomar como verdade que o pensamento positivo influencia positivamente no sucesso individual, eu pelo menos acho que como muitos, seria tentado a me policiar 24 horas por dia para tentar arrancar do meu cérebro o máximo de pensamentos positivos, de forma que eles dessem conta de todas as interdependências, e interrelaçõesda minha vida. Minha vida cotidiana, antes tão pacata, terá se transformado numa experiência infernal. Deixem-me quieto, oras.
Por isso não acredito em pensamento positivo. Acho que cada um deve pensar o que quiser, e como diriam alguns filosófos, a nossa consciência é a unica coisa que nós podemos escolher ter controle total. Então, se eu ando por aí pensando que posso ser atropelado, ou que posso ser demitido, assaltado, eu o faço com muito bom gosto, como exercício da minha liberdade. E se eu quiser pôr a culpa nos meus pensamentos, eu ponho, senão, digo que foi o governo, a sociedade, a conjuntura econômica internacional, ou a minha estrutura familiar na infância.
Entre muitas outras habilidades dos humanos, uma das mais valiosas talvez seja a capacidade de poder inventar quem é o responsável pelos acontecimentos, haja visto a crise aérea brasileira. Não é justo nós dizermos que sempre somos nós mesmos, seria uma maldade só, ainda que fôssemos nós mesmos ao final.
Thursday, April 05, 2007
#100
Hoje, relata-se aqui na tela em que eu gerencio meu blog, que este seria o meu centésimo post. Para um diário sem nenhuma importância, é de fato uma marca histórica. Eu queria hoje poder colocar o meu melhor texto. Algo assim, pra fazer as pessoas baterem a cabeça na sarjeta, de tão sublime que fosse ele.
No entanto, não estamos no melhor dos mundos, muito menos no melhor dos blogs. Embora eu escute elogios ao que eu escrevo, com o que escrevo ainda não sou capaz de fazer as coisas que eu queria fazer escrevendo. E isso apesar de eu estar parcialmente satisfeito, apesar de achar o que faço esteticamente bom.
Então, trago na minha centésima síntese do ócio e do tédio que cercam minha vida, más notícias. Daqui, hoje, não sairá nada genial, e se puderem, vão checar o que acontecerá nos próximos capítulos de qualquer novela porque será mais útil. Aliás, se minha vida tivesse sido até agora um acompanhamento de novelas, eu teria mais assuntos normais que contar nas conversas. Se minha vida tivesse sido um constante virar de páginas das revistas, dos jornais, e dos portais virtuais, teria mais material para minha vida.
Acontece, que como não faço nada disso, tenho que inventar tudo. Não que eu faça poucas atividades na minha vida, faço muitas, mas se eu não as enfeitasse do jeito que melhor me parece, seria uma lástima sem igual aos que me ouvem, e a mim próprio, que vivo dos meus delírios de grandeza, ou de nobreza, de beleza.
E essa vontade, vontade que eu diria ser uma vontade de não fazer feio na vida, que me fez ao tentar maquiar uma realidade sem graça e mesquinha, com alguns poemas de amor, alguns diálogos que nunca existiram, algumas esperanças mal-construídas, alguns
quixotismos e dulcinealizações (peguei pesado com a língua), rapidamente desmascarados, terminar por começar este blog e concluir hoje o seu centésimo post.
Fico contente, pois o objetivo era nunca abandoná-lo, e de certo modo o consegui até agora, talvez mais por necessidade do que por esforço.
No entanto, não estamos no melhor dos mundos, muito menos no melhor dos blogs. Embora eu escute elogios ao que eu escrevo, com o que escrevo ainda não sou capaz de fazer as coisas que eu queria fazer escrevendo. E isso apesar de eu estar parcialmente satisfeito, apesar de achar o que faço esteticamente bom.
Então, trago na minha centésima síntese do ócio e do tédio que cercam minha vida, más notícias. Daqui, hoje, não sairá nada genial, e se puderem, vão checar o que acontecerá nos próximos capítulos de qualquer novela porque será mais útil. Aliás, se minha vida tivesse sido até agora um acompanhamento de novelas, eu teria mais assuntos normais que contar nas conversas. Se minha vida tivesse sido um constante virar de páginas das revistas, dos jornais, e dos portais virtuais, teria mais material para minha vida.
Acontece, que como não faço nada disso, tenho que inventar tudo. Não que eu faça poucas atividades na minha vida, faço muitas, mas se eu não as enfeitasse do jeito que melhor me parece, seria uma lástima sem igual aos que me ouvem, e a mim próprio, que vivo dos meus delírios de grandeza, ou de nobreza, de beleza.
E essa vontade, vontade que eu diria ser uma vontade de não fazer feio na vida, que me fez ao tentar maquiar uma realidade sem graça e mesquinha, com alguns poemas de amor, alguns diálogos que nunca existiram, algumas esperanças mal-construídas, alguns
quixotismos e dulcinealizações (peguei pesado com a língua), rapidamente desmascarados, terminar por começar este blog e concluir hoje o seu centésimo post.
Fico contente, pois o objetivo era nunca abandoná-lo, e de certo modo o consegui até agora, talvez mais por necessidade do que por esforço.
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