Wednesday, November 29, 2006

Desculpas Esfarrapadas

Uma vez esse ano nós atrasamos na entrega de um trabalho. Comigo isto é coisa incomum. Em vez de choramingar com o professor, não falei nada. Mantive a classe, porque indivíduo classudo é assim mesmo, e lhe entreguei uma carta explicando tudo. Funcionou. Os nomes foram omitidos por tratar-se de uma história fresca e real.

Justificativa/ Situação presente do Trabalho.

Caro Professor,

A não entrega das primeiras análises do trabalho pelo nosso grupo se deve a razões um tanto típicas e razões extraordinárias. A primeira dessas razões típicas é que nosso grupo iniciou seus movimentos tardiamente, o que prejudicou o tempo hábil necessário para convencer a organização a ceder o espaço para entrevista, sem que fosse necessário uma corrida atrás do tempo ou algum tipo de demonstração de desespero para com a empresa contatada.
O (***) ficou encarregado de fazer o contato, enquanto os outros tratariam de preparar a entrevista assim que ele fosse confirmado. Acontece que o tempo foi passando inexoravelmente e quando vimos, faltava uma semana para entregarmos a primeira parte. Podemos concluir daí uma outra razão típica: a não preocupação da maior parte dos integrantes do grupo com o andamento do trabalho acarretou numa despreocupação do grupo como um todo, embora em algumas ações individuais essa preocupação tivesse existido. O senhor, como professor de psicologia II deve entender isso melhor do que nós.
Mas logicamente, além dos problemas de ordem temporal na realização do contato e o salutar desinteresse dos integrantes, houve alguns imprevistos exógenos. Explicaremos a seguir:
Ao termos definido a empresa pública, ligamos ao nosso contato e já encontramos disponíveis as quatro pessoas de um mesmo departamento para fazer a entrevista. Todavia o que nós não podíamos adivinhar era que essas pessoas estariam envolvidas na campanha política de um mesmo candidato e nas duas últimas semanas não poderiam parar um só segundo. Nós, otimistas, olhamos isso como um bom sinal, já que poderíamos na entrevista detectar algo do trabalho de campanha misturado ao trabalho do cotidiano. Mas infelizmente foi isso que nos impossibilitou de chegar de fato a entrevistar essas pessoas, pela sua imensa falta de tempo disponível frente ao frenesi eleitoral.
Passado o infortúnio, precisávamos decidir se iríamos manter a idéia de entrevistar essas pessoas após o prazo-limite, ou se tentaríamos uma outra empresa. O (***) tinha umas sugestões, mas era muito próximo aos donos dessas empresas, foi aí que o (***) apareceu com a idéia de contatar uma empresa a qual ele soube que a Empresa Junior já tinha relações, e sabia ele que era uma empresa bastante aberta a esse tipo de iniciativa.
O único problema era que não era uma empresa de grande porte, na verdade, é uma farmácia, com um único dono, e que realmente se animou bastante com o fato do trabalho poder ser feito com seus funcionários. Optamos por ficar com o que é mais certo, além de uma empresa pequena oferecer diferentes percepções por parte dos funcionários em relação ao seu trabalho, e poder ser um local fértil para análises criativas baseadas no conteúdo estudado. Hoje já nos reunimos com o dono da farmácia, e parece que está correndo como o esperado. Pretendemos marcar para logo as entrevistas, e assim que terminarmos iremos entregar tudo bem analisado, bem estruturado e escrito, a fim de que acabemos com essa má impressão inicial, que é falsa, pois garantimos que o nosso trabalho será um dos melhores.
Esperamos dessa vez aprender com os erros e nos ajustar novamente aos estágios corretos de desenvolvimento do trabalho. Queira desculpar-nos.

Obrigado

Wednesday, November 22, 2006

I'm bitter.

You know, maybe in the 60's the use of drugs might have meant something. Today is the same as being consumist or sitting in the caught watching sunday TV shows. It is nothing. It simply doesn't impress me, it doesn't offend me or old people anymore, doens't challenge power or opression. So, for me there's no point. You support a criminal activity, you give money to corruption around the planet, and all that to transform you in the same average man that you have always been and always will be. So It is better to sit in the caught and watch sunday TV shows. It is equally alienating and fun.

Friday, November 17, 2006

Canção do emigrante brasileiro

Por mais terras que eu percorra
pois permita deus que eu morra
sem que eu volte para lá
para que eu tenha o meu visa
que eu consiga ter divisas
e boa vida em Utah
minha vitória final
o mais longe do covil
da pobreza animal
e o sorriso azul anil
um brinde ao meu ideal
e à glória do meu Brasil

Wednesday, November 15, 2006

Economia

Eu não deveria passar meu tempo livre falando de economia, porque eu já vejo isso a semana inteira na faculdade. Mas há uma entrevista muito interessante que todos, inclusive não iniciados em economia, deveriam ler.

O entrevistado é Milton Friedman, um grande economista que meio que inaugurou o monetarismo. Monetarismo é uma corrente da macroeconomia que entre outras coisas, é famosa pela tese de que a inflação é um fenômeno predominantemente monetário. Ela se confronta em vários aspectos com a teoria keynesiana. A razão do confronto é muito simples: para os monetaristas, para que a economia de um país se mantenha estável basta o controle da oferta de moeda. O governo tem seu papel reduzido. Sem dúvida este é um pensamento predominante hoje.

Para situar um pouco, o monetarismo tem a ver com todas as teorias que acreditam no mercado como um mecanismo eficiente de alocar recursos, e surgiu no mesmo período das novas teorias de desregulamentação do mercado. Então Milton Friedman pode ser colocado ao lado de F. Von Hayek e os outros teóricos do neoliberalismo.

Bem o neoliberalismo é bem conhecido como uma teoria que prega a rendição incondicional a uma determinada cartilha de políticas muitas vezes que não fazem sentido, pois não se pode aplicar as mesmas políticas em qualquer país.

Mas algumas partes da teoria são aproveitáveis para se fazer uma reflexão a respeito da sociedade, e quê modelo uma sociedade é capaz de escolher para si. Será que abrir mão da liberdade econômica é desejável para se construir uma sociedade igualitária? Ou qualquer coisa que implique na perda de alguma liberdade já é por si só pior do que a liberdade, com todas as suas más consequências?

Para conhecer a fundo essas teorias deve-se quebrar alguns preconceitos. Como na faculdade de economia nós temos poucas chances de conhecermos outras correntes do pensamento, eles ganham um espaço especial. Mas são pensadores consistentes, não são oportunistas, enganadores, demônios, como pensam, e até é preciso conhecê-los para se poder fazer alguma crítica.

www.digitalnpq.org/archive/2006_winter/friedman.html

aqui está a entrevista. Aproveitem.

Próximo texto escreverei sobre um artigo interessante que li, sobre o comportamento dos políticos em época de elições.

Sunday, November 12, 2006

Defeitos Futuristas

Certo dia me avisaram
“Vai ter explosão lá no Novo México”
Gostava daquilo, de como soava:
uma bravura, uma barbada

Fiz questão de ficar bem perto
Veio o barulho, um calor de se tirar a camisa
Como era linda
Como brilhava
Aquela grande explosão

Voltei para casa sorridente
Olhei no espelho, que surpresa!
Parecia uma obra de arte
valor: 1 milhão de do-lares
a minha disposição

e ainda geometrizado
cores austeras
nariz no cabelo
boca na perna
olho no braço
sem perspectiva -nenhuma- de viver
que posso mais querer?

Cubista, Cubista, Cubista
pra todos que querem ver
Ninguém precisava ir ao museu
eu estava na praça do liceu

era um Picasso,ou um Braque
ou um Cezánne.
autêntico, original,
a bomba atômica
havia me transformado
em algo absolutamente genial

Sunday, November 05, 2006

cena romântica






Gay, mas muito bonita cena.

Saturday, November 04, 2006

Poemas de amor

Ao fim da tarde desse dia
Deu-me uma vontade tremenda
De escrever poemas de amor

Quando isso acontece eu ligo a TV

Na TV passam mortes demais
(E a vontade não passa)
Golpes, esquemas, máfias
O mundo é uma decepção só
Uma decepção que é uma espera do tamanho
De uma senha inválida no caixa eletrônico 24 horas

É a frustração eterna e intermitente
de nossos dias
(minha vontade aumenta)
vou ao bar, peço sei lá o que,
um salgado
com sorte estará envenenado
e o veneno explodirá minhas veias
me deixara sem ar, perdi-me, morri

no fim da vida
minha maior frustração
foi não ter escrito
poemas de amor nesse dia

Wednesday, November 01, 2006

Eterna reminiscência

Quem está longe provoca melancolia na gente.

- Tenta escrever! solta! não dá.
É sentimento na mente, vindo do peito,
E pára... de parar de pensar!
E pensa,
Viva a melancolia(!), saudade ingrata,
Injusta falta de alguém, maldade,
Raro auge de tudo o que é e tem.
Consequência inexplicável do acontecimento das coisas,
Da tristeza palpável dos homens palpáveis,

E lembra.

Agora deita na tua cama e dorme,
Mas não dormes, sonha,
Sonha estúpido!
Que a vida não trará a sua luz,
De graça? nem poderá nunca trazer.
Esqueça, ou melhor,
Não sonhas,
Vai até ela, ou melhor, vai logo,
Que a angústia preparou um banquete,
E sorridente inda te come vivo.