teu frio abandono faz
que o meu peito se parta
em dois, teu frio mordaz
nem o sol mais aparta

se há pois algum meio
deixe-me meu deus saber
do deitar em teu seio
um dia eu esquecer

porque de medo choro
em todo estômago


não tenho conseguido terminar os poemas por certa falta de tempo.

Piratininga

Quando esta cidade faz aniversário parece que somos nós que fazemos.
Ano passado escrevi um monte de coisas, sobre a festa, os 553, hoje 554 metros de bolo de aniversário.
Hoje não vou escrever nada, só vou andar por essas ruas e ser paulistano.

mais quadras

versos genéricos

não quiseste girassóis
e em teus braços me perdi
Murcharam de mágoa n'olhar
inda mais longe de ti

nem minhas cartas de amor
Abertas a te dizer
Também uma linda canção
Tu foste logo esquecer

o canto que te cantei
tão veloz foi se apagar
a paixão que abracei
desvaneceu-se no ar

Fuga

Se o longe e eu pudéssemos dar as mãos
E ir parar na mongólia, longe também de Ulaanbaatar
Ah, como seria bom. Só pede meu respirar.
E o matutar da minha vida
Nunca quis tanto ficar longe de tudo
Nunca quis tanto um acampamento nas planíces mongóis
Sem montanhas, sem morros, só eu
Circundado de planícies infinitas


(há uns meses, perdi a data deste poema)

Saudade

Ai que saudade eu tenho do tempo em que eu tinha saudades
E que esse tempo hoje não tenho mais
E que esse peito hoje não tenho mais...
E que volta não tem volta mais

Que falta eu sinto da saudade minha
Da minha saudade...

"Há um Deus?"

Como grande parte das pessoas sabem, embora ocorram ainda muitos atos violentos por causa de Deus, ainda não é possível provar que ele sequer existe.

Digo 'ainda', pois há quem diga que um dia será possível provar, como uma vez ouvi de um sujeito:

"Aposto 100 reais com você, que se inventarem uma maneira definitiva de provar se Deus existe ou não, Deus irá existir"

Percebam que isso é muito diferente de apostar se Deus existe, e este raciocínio é genial. Eu concordo: Embora creia, como crença subjetiva, na existência de um Deus, não posso falar que ele existe para os outros sem ter certa dúvida. Mas tenho como verdade que se um dia conseguirem elaborar um teste qualquer, definitivo, vão concluir que ele existe.

Aos que acreditam que esta será uma dúvida eterna, como aquela se vamos para o céu o inferno, que descansem em paz suas cabeças, e que prefiram esta dúvida, que é o mesmo que não ter dúvida alguma.

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A propósito, eu precisarei fazer algum dinheiro nos próximos meses. Eu sei que o blog não é casa de comércio, mas não custa usá-lo para divulgar, e também para que eu possa sobreviver: Estou tentando vender meu piano, que é um piano Brasil, Sandoli, tipo armário. O preço é variável, desde que me ajude, mas algo em torno de R$3500. Eu entrego na casa de quem for e pago a afinação.
O piano é muito bom. Quem estiver interessado entre em contato.

Obrigado

De Volta

Hoje tomei a decisão de voltar a escrever no blog, pois fui acometido de tamanho tédio de início de ano que não fui capaz de suportar. É aquele tédio que se tem quando está tudo andando bem.

Na verdade, a razão pela qual havia desistido do blog, no post 150, foi uma extrema necessidade de refletir, acompanhada de alguns acontecimentos que me deixaram em pedaços. Recompus-me e achei nova serventia à vida.

Eu escrevo porque é um impulso qualquer que me dá, um lirismo trivial que vem, uma imaginação doida. E como escritor eu não sou nada, pois como sabem, sou estudante de economia, e David Ricardo escrevia muito mal.

Tenho algumas novas poesias para mostrar aos meus leitores fantasmas, e alguns projetos literários em andamento. Andando na praia por esses dias fiz minhas resoluções para o ano de 2008.

São elas, arroladas em desordem de importância, e depois encerro por aqui minha volta:

1) Adaptar-me na Itália, pois estou indo para lá ficar um ano. Isto significa habituar-me a comer presunto cru e vinho, o que não é lá grande sacrifício.
2) Concluir minhas narrativas, que ainda não divulguei a ninguém, mas já tenho escrito boa parte dela, cerca de 60 páginas.
3) Iniciar a escrever crônicas sobre um tema apenas, que já defini, para terminar no próximo ano; Ler os livros que faltam da minha estante. Começar a agrupar minhas poesias.
4) Reposicionar-me na minha relação com a espiritualidade e religiosidade, achar uma nova relação com Deus sem me tornar ateu nem neopetencostal.
5) Seguir com foco nos estudos não tomando nada como verdade sem que haja evidência para tal.
6) Não abdicar de nenhum cochilo ou viagem turística; não aborrecer-me com as mulheres.

Depois conto o que pensei por essas férias, e o que imaginei de interessante.

Até